Alguns tipos de Vulcão no Planeta Terra
Você conhece os tipos de vulcões no planeta terra, se não conhece você vai ficar espantado com os tipos de vulcões que explicarei nas informações que se segue, compartilhem e obrigado.
Erupção Vulcânica |
Vulcão em escudo
Um vulcão em escudo é um tipo de vulcão habitualmente constituído quase inteiramente por fluxos de lava fluidos Os vulcões em escudo são designados deste modo porque a sua forma lembra a de um escudo deitado.
Os vulcões em escudo são formados por correntes de lava de baixa viscosidade, isto é, por lava que flui com facilidade. Uma montanha vulcânica que tenha perfil largo – perfil cónico de base muito maior que a sua altura - vai-se formando ao longo do tempo à base de escoadas de lava basáltica relativamente fluida que provém de fissuras – chaminés - na superfície do vulcão. Muitos dos maiores vulcões da Terra são deste tipo. O maior é o Mauna Loa no Havai (todos os vulcões nessas ilhas são vulcões em escudo).
Os vulcões ativos que são em escudo apresentam uma atividade eruptiva quase contínua durante períodos de tempo extremamente longos, resultando numa construção de estruturas gradual que podem atingir enormes dimensões.
Vulcão em escudo, Mauna Loa |
Vulcão complexo
É um vulcão que reúne características associadas a diferentes tipos de vulcanismo, seja do ponto de vista da composição mineralógica dos produtos ejectados, dos mecanismos eruptivos ou da geomorfologia que lhe esteja associada. Este tipo de vulcão é formado devido a variações nas características eruptivas durante a fase ativa do vulcão ou devido à presença de diferentes centros eruptivos, com características diferentes, numa mesma área.
Flores, Kelimutu, Indonésia |
Vulcão submarino
A maioria dos vulcões submarinos ocorrem em zonas de rápido movimento tectônico das placas oceânicas, com destaque para as dorsais oceânicas, onde as placas tectônicas se separam formando fissuras ou falhas geológicas. Apesar dessa predominância nas regiões de contacto entre placas, também podem ocorrer no interior das placas, dando origem ao fenómeno conhecido como vulcanismo intraplaca. Um caso especial deste tipo de vulcanismo ocorre sobre as regiões de subducção, onde massas de rocha fundida ascendem através da crusta até chegar à superfície.
A lava expulsa pelos vulcões submarinos, em particular os de natureza fissural existentes ao longo das dorsais oceânicas, é o principal mecanismo de criação de fundos marinhos, estimando-se que este fenómeno seja responsável pela formação de cerca de 80% da crusta do planeta. Apesar de escondidas pelas águas dos oceanos, as erupções nas dorsais oceânicas são responsáveis pela formação dos grandes sistemas vulcânicos que correspondem às maiores cadeias montanhosas da Terra.
Vulcão submarino
Chaminé Vulcânicas
São conhecidas duas classes de chaminés vulcânicas: as mais comuns, que comunicam com uma câmara magmática situada dentro da crusta terrestre, estabelecendo uma comunicação entre a câmara e a superfície; e as chaminés que comunicam diretamente com o manto, estabelecendo uma comunicação direta entre as estruturas mantélicas superiores e a superfície, sem a intermediação de uma câmara magmática.
Com câmara magmática: Dependendo do tipo de magma, as erupções criam diferentes tipos de cones vulcânicos, podendo criar edifícios vulcânicos de grande envergadura.
O tipo de rocha que forma o edifício condiciona a ação da erosão e a meteorização. Os cones de cinzas são desgastados em relativo pouco tempo, o que não sucede com outros tipos de vulcões, particularmente com aqueles que expulsam lava líquida, a qual produz rochas com uma resistência à erosão similar à das chaminés.
Sem câmara magmática: As chaminés vulcânicas não associadas a uma câmara magmática, conhecidas por diatremas, são estruturas geológicas subterrâneas formadas por violentas erupções vulcânicas de origem profunda, em geral mantélica, durante as quais os materiais são ejectados a velocidades supersônicas.
Estes vulcões têm a sua origem a profundidades pelo menos três vezes maiores que a maioria dos vulcões com câmara magmática associada, razão pela qual a composição química dos materiais extrudidos é muito diferente da que ocorre no vulcanismo associado a câmaras magmáticas crustais. Nestes, o magma que é empurrado para a superfície dá origem a lavas que apresentam uma alta concentração de magnésio e de compostos voláteis, como água e dióxido de carbono.
Como acontece uma erupção vulcânicas
Vulcão subglacial
Durante a erupção, o calor da lava do vulcão subglacial derrete o gelo sobrejacente. A água produzida pela fusão do gelo arrefece rapidamente, a lava, resultando na formação de lava em travesseiro (pillow lava), com formas semelhantes às produzidas pelos vulcões subaquáticos. Quando os blocos de pillow lava quebram e rolam pelas encostas do vulcão, formam-se brechas, tufos e hialoclastitos. A água resultante do degelo pode ser libertado por debaixo do gelo, como aconteceu no Islândia em 1996 quando a caldeira do Grímsvötn entrou em erupção, derretendo 3 km cúbicos de gelo e dando origem a uma grande inundação por rebentamento de um lago glacial.
Quando os vulcões subglaciais assumem formas distintamente achatadas e com lados íngremes recebem a designação de tuyas, termo geomorfológico criado pelo geólogo canadiano Bill Mathews em 1947 a partir do topónimo Tuya Butte, uma elevação situada no norte da Colúmbia Britânica que foi identificada como originada por uma erupção subglacial. Na Islândia, estas elevação são também conhecidos como montanhas-mesa.
As erupções subglaciais causam frequentemente grandes cheias, conhecidas pela palavra islandesa jökulhlaups, provocando grandes inundações de água, gelo e lama. Em Novembro de 1996, o vulcão Grímsvötn, localizado por debaixo da camada de gelo do Vatnajökull, entrou em erupção e causou uma jökulhlaup que afectou mais de 750 km2 de território e destruiu ou danificou gravemente várias pontes.
Islândia vulcão Bardarbunga
Vulcão dos Capelinhos
Localizado na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, nos Açores, o vulcão manteve-se em actividade por 13 meses, entre 12 de setembro de 1957 e 24 de outubro de 1958. A erupção dos Capelinhos, provavelmente terá sido uma sobreposição de duas erupções distintas, uma começada a 27 de setembro de 1957, e a segunda, a 14 de maio de 1958. A partir de 25 de outubro, o vulcão entrou em fase de repouso. Do ponto de vista vulcanológico, este vulcão é considerado um vulcão ativo.
Vulcão dos Capelinhos, Faial Açores